O delegado-adjunto da 17ª Subdivisão de Policial (SDP) de Apucarana, André Garcia, afirmou que o ex-prefeito de Cambira, Sidney Bellini, de 72 anos, preso na manhã desta quarta-feira (7), foi localizado em um condomínio de luxo, de frente para o mar, em Guarujá, no litoral de São Paulo. O delegado foi ao município paulista com investigadores da 17ª SDP e da Delegacia da Mulher de Apucarana.
Sidney Bellini foi condenado em 2021 a uma pena de 13 anos e 4 meses em regime fechado por estupro de vulnerável de uma menor, após sentença proferida pela 1ª Vara Criminal de Apucarana. Segundo o delegado, a sentença condenatória já transitou em julgado no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e o ex-prefeito estava foragido.
“Nós recebemos a informação de que esse indivíduo estaria escondido no litoral de São Paulo há alguns meses. Nosso setor de inteligência da 17ª desenvolveu um trabalho de cruzamento de dados e compilação de informações que permitiram localilzar o endereço exato aqui no Guarujá. Então, nós viemos para cá, e identificamos o apartamento dele num condomínio de luxo de frente para o mar”, explicou André Garcia, em vídeo enviado à imprensa.
O delegado disse que o ex-prefeito será levado para audiência de custódia na cidade de Santos (SP) e depois ficará à disposição do Poder Judiciário do Paraná.
O caso
O ex-prefeito de Cambira foi preso pela primeira vez em 15 de dezembro de 2017. Segundo a Polícia Civil, o político abusou de uma menina de 13 anos em um motel na cidade de Mandaguari, na noite do dia 14 de dezembro daquele ano, e teria pago R$ 50 para a garota.
Na época, a equipe da Polícia Militar de Cambira, em apoio à delegada Luana Lopes da Delegacia da Mulher de Apucarana, prendeu o empresário e ex-prefeito em flagrante por estupro de vulnerável.
Condenado em 2018 a uma pena inicial de 12 anos e nove meses, Bellini foi solto da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) em 19 de agosto de 2020. O ex-prefeito ficou detido inicialmente no Minipresídio de Apucarana de onde foi transferido, em outubro de 2019. Segundo informações da PEL na época, o ex-prefeito foi liberado a partir de uma ordem judicial.
Em 2021, Sidney Bellini sofreu uma segunda condenação por conta de outro estupro de vulnerável. Na época, o Judiciário não divulgou detalhes do crime, já que o caso corria em segredo de justiça. Nesta oportunidade, Bellini foi condenado de forma definitiva a uma pena de 13 anos e 4 meses em regime fechado. Desde então, ele estava foragido. Ele responde ainda a outros processos pelo crime de abuso de menores.