Taxista de Ivaiporã ameaça procurar a justiça após exame em Laboratório

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Ao fazer o exame toxicológico, ele apontou o uso de cocaína, o que causou uma série de transtornos ao cidadão.
O laboratório nega erro e justifica o resultado
O taxista Ercio Zanetin, residente em Ivaiporã, procurou a redação do Portal Blog do Berimbau para expressar sua indignação em relação a um resultado inesperado em seu exame toxicológico, obrigatório a cada 2,5 anos para motoristas com CNH nas categorias C, D e E.
O exame, realizado no Laboratório Modelo, de Ivaiporã, apontou a presença de 3,25 ng/mg de cocaína seu material coletado, um fio de cabelo, levando a consequências desagradáveis ao taxista. Ercio, que assegura nunca ter feito uso de entorpecentes, afirma que o resultado causou transtornos consideráveis, inclusive o levando a ser internado devido ao estresse, resultando em sequelas, que espera serem temporárias, como a boca torta. Em busca de esclarecimentos, solicitou uma contraprova no mesmo laboratório, mas obteve um resultado semelhante. Diante da situação, o taxista buscou o Laboratório Lacil, onde realizou um novo exame, o qual indicou a inexistência de substâncias anormais em seu organismo. Com este resultado, Ercio regularizou sua CNH, mas questiona a credibilidade do Laboratório que fez seu primeiro exame.
O repórter Ronaldo Senes (Berimbau) do Blog do Berimbau entrou em contato com o Laboratório Modelo, cujo médico responsável, Dr. Celso, negou e esclareceu as informações.
Segundo ele, a empresa de Ivaiporã, apenas coleta o material, sendo o exame realizado por um laboratório terceirizado, já que são poucos no Brasil que o fazem. Ele destacou que contradições nos resultados são comuns, muitas vezes relacionadas ao uso de medicamentos, e ressaltou a importância dos pacientes informar qualquer substância ingerida no momento da coleta. O médico também mencionou a existência de uma janela de 90 dias após o uso de substâncias, o que pode influenciar nos resultados. “Aqui no modelo, ele recebeu o resultado no dia 30 de novembro de 2023, e no segundo laboratório, o exame foi feito em 05 de janeiro de 2024, portanto, ele poderia já ter saído dessa janelo, caso tenha ingerido algo que causou o resultado não esperado”, disse Dr. Celso.
A reportagem apurou casos semelhantes no Brasil, destacando uma ação na Justiça do Espírito Santo, onde um motorista processou uma rede de laboratórios por resultados equivocados em
exames de presença de cocaína, resultando na condenação da empresa por danos morais.
A matéria foi publicada na página do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, em 2019 – veja. O caso de Ivaiporã repercute e nossa reportagem fez questão e ouvir as partes envolvidos para evitar qualquer transtorno ou pré-julgamentos.

 

 

 

Colaboração Blog do Berimbau

 

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